quarta-feira, 25 de abril de 2012

Nasce a Rede Carajás de Educadores Ambientais e Desenvolvimento Local

Reunidos em Marabá, sul do Pará, mais de 60 educadores ambientais, gestores públicos e agentes de desenvolvimento local representando cerca de 40 instituições de 15 municípios da região, decidiram criar a “Rede Carajás de Educadores Ambientais e Desenvolvimento Sustentável Local”.

A criação da rede ocorreu no dia 07 de julho de 2005, durante seminário que discutiu os problemas ambientais, os entraves e as oportunidades ao desenvolvimento dos municípios do sul e sudeste do Pará, região identificada como parte do “Arco do Desmatamento”, responsável pela maior parte do desflorestamento na região amazônica nos últimos anos. O evento contou a participação do Ministério da Educação, Ministério do Meio Ambiente e da Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado do Pará.

Pela primeira vez Secretários Municipais de Educação, de Meio Ambiente, com representantes de Ongs, Movimentos Sociais, Rádios Comunitárias, Fóruns de Agenda 21 e de DLIS, entre outras instituições, tiveram a oportunidade de trocar informações e traçar estratégias regionais para um trabalho integrado e de cooperação interinstitucional.

A rede é considerada uma forma de organização capaz de reunir pessoas e instituições em torno de objetivos comuns, primando pela flexibilidade, dinamismo, democracia e descentralização na tomada de decisões, com alto grau de autonomia de seus membros e horizontalidade das relações entre seus elementos. A decisão de criar a Rede Carajás foi motivada pela necessidade dos atores sociais regionais se organizarem de forma autônoma. A estrutura de rede possibilita que tanto agentes públicos quanto educadores, líderes comunitários, empreendedores e os cidadãos que atuam na promoção do desenvolvimento sustentável local possam interagir com responsabilidade e compromisso num ambiente democrático.

O objetivo da Rede Carajás será “articular os educadores ambientais e agentes de desenvolvimento local, criando laços e fomentando ações sociais, educacionais, políticas, econômicas e culturais de construção de padrões sustentáveis de vida nos municípios do Araguaia e Tocantins”.

O desafio da Rede será disseminar informações de qualidade, possibilitando um exercício efetivo da cidadania, e a qualificação dos educadores ambientais, agentes de desenvolvimento e gestores. Nesse aspecto, a rede deverá contribuir para reverter a situação atual em que a região sul-sudeste do Pará tem tido pouco acesso a recursos para ações de educação ambiental e de promoção do desenvolvimento sustentável local, devido a baixa qualificação de pessoal e grande desconhecimento das políticas públicas e de financiadores de projetos.

A Rede deverá, ainda, estimular a promoção de Agendas 21 Locais, de Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida nas Escolas, a educomunicação e a alfabetização ecológica. Mas o principal desafio da Rede estará no fortalecimento de laços entre as escolas e o desenvolvimento local, aproveitando o fato de que a ONU decretou ser esta a “Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável”, objetivando, dentre outras coisas, a melhoria da qualidade do ensino, a facilitação da troca de experiências entre os diversos atores envolvidos, bem como aumentar a atenção pública sobre o tema.

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